Wilson Lima destaca articulação com Governo Federal para hospital dedicado a indígenas
Estrutura deve funcionar como anexo do Hospital de Combate à Covid-19
O governador do Amazonas, Wilson Lima, destacou, em entrevista a uma emissora de rádio na manhã desta segunda-feira (11/05), a articulação que vem sendo feita junto ao Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), para a construção de um hospital voltado ao atendimento de indígenas, na pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A estrutura deve ser implantada como um anexo do Hospital de Combate à Covid-19 (Nilton Lins), na zona centro-sul de Manaus.
“Essa é uma grande preocupação nossa, é um trabalho que a gente tem construído junto com o Governo Federal. O secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Silva, esteve aqui recentemente, com o ministro da Saúde, e já anunciaram a construção de um hospital de campanha para os indígenas, mas vamos ter que trazer esses indígenas agravados aqui para a capital. Esse hospital indígena vai funcionar anexo ao Hospital Nilton Lins”, afirmou o governador.
“Estamos trabalhando junto com os prefeitos para impedir a entrada de pessoas que não sejam indígenas nessas aldeias, e estamos ajudando, também, o Governo Federal na logística de entrega de cestas básicas nas comunidades indígenas”, acrescentou Wilson Lima.
Parceria – Durante a entrevista, o governador também frisou a importância do apoio que o Ministério da Saúde tem dado ao Amazonas com o envio de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), insumos e profissionais de saúde, mas ressaltou, também, que é preciso ampliar a parceria para aumentar a capacidade de atendimento na capital e interior.
“Nós tivemos uma ajuda do Governo Federal, recebemos 90 respiradores, uma carga significativa de Equipamentos de Proteção Individual, temos aqui mais de 280 profissionais da área de saúde contratados pelo Governo Federal que estão nos dando esse suporte, mas ainda não é suficiente. Nós precisamos de mais para que a gente possa aumentar essa nossa estrutura de atendimento, principalmente no interior”, ressaltou Wilson Lima, ao observar que a maior carência do sistema de saúde é de respiradores, médicos e enfermeiros.
Apoio – O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), já distribuiu, entre os dias 1º de março e 4 de maio, mais de 10,6 milhões de EPIs para unidades de saúde de Manaus e do interior do estado.
Os materiais foram doados ao Estado pela iniciativa privada e Ministério da Saúde (MS) e entregues pela Central de Medicamentos do Amazonas (Cema). Entre os itens entregues estão luvas, máscaras cirúrgicas, máscaras N95, viseiras de proteção, aventais, toucas descartáveis, óculos de proteção, botas, capuz e macacões.
Habilitação de leitos – Na última quinta-feira (07/05), atendendo a solicitação do Governo do Amazonas, o Ministério da Saúde (MS) publicou portaria de habilitação de cerca de 180 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o combate ao novo coronavírus (Covid-19). A habilitação garante repasses que podem chegar a R$ 26,4 milhões para custeio e manutenção dos leitos incluídos no plano de expansão da rede estadual para a Covid-19.
A habilitação dos leitos foi publicada no último dia 30 de abril, no Diário Oficial da União (DOU). A Portaria nº 1.046 do MS habilita, em caráter excepcional, por um prazo de 90 dias, os leitos de UTI, podendo ser prorrogada enquanto houver emergência em saúde pública no país decorrente da Covid-19.
Ampliação – Em visita a Manaus no último dia 4 de maio, o ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que o Hospital de Combate à Covid-19, instalado na Nilton Lins, poderá ser ampliado com apoio do Governo Federal. Ele visitou o local acompanhado do governador Wilson Lima e avaliou que, antes de planejar um hospital de campanha, o Ministério da Saúde (MS) poderá ampliar a capacidade de atendimento na unidade.
Recursos – Os 61 municípios do interior do Amazonas receberam, de janeiro a abril de 2020, dos governos federal e estadual, R$ 72.348.851,40 para o financiamento de ações nas áreas de Atenção Básica, Média e Alta Complexidade e, principalmente, para investimentos para o enfrentamento da pandemia.